segunda-feira, 10 de junho de 2013
Adulto
também precisa de vacina
Manter
a carteirinha de vacinação em dia não é apenas coisa de criança. Mesmo quem
recebeu toda a série de imunizações que devem ser tomadas na primeira infância
precisa repetir algumas doses na vida adulta.
A
proteção proporcionada pelas vacinas, em alguns casos, não dura a vida toda.
Além disso, novas vacinas surgiram nas últimas décadas e muita gente deixou de
recebê-las justamente por acreditar que as doses devem ser tomadas apenas na
infância.
“Depois da
água potável e do saneamento básico, a prevenção de infecções por meio de
vacinas é considerada um marco importante na história da saúde da humanidade:
com as vacinas, injetamos proteção e qualidade de vida”, ressalta a
infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emilio Ribas, de São Paulo.
“Foi
com amplos programas de vacinação que o mundo se viu livre da varíola, está
prestes a erradicar a poliomielite e eliminou o sarampo de nosso país, entre
tantas outras enormes conquistas. Os calendários vacinais são feitos para que
se obtenha o melhor resultado nas estratégias de prevenção e controle de
doenças”, reforça o pediatra e neonatologista Renato Kfouri, presidente da
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
O
especialista explica que as vacinas são produzidas com componentes mortos
(fragmentos) ou vivos atenuados (enfraquecidos). Ao serem injetados no
organismo, são capazes de gerar proteção (produção de anticorpos) sem causar
doença em quem foi vacinado. Os falsos conceitos de que as vacinas “injetam a
doenças” na pessoa e de que são destinadas apenas a crianças ainda são
obstáculos por vezes intransponíveis no caminho da imunização sistemática da
população no País.
“Hoje
dispomos de vacinas para adultos contra diversas enfermidades: hepatite A e B,
tétano, coqueluche, difteria, sarampo, caxumba, rubéola, gripe, pneumonias,
infecções pelo HPV, entre outras. As vacinações específicas para adultos são
exemplos de oportunidades para reduzir o impacto de muitas doenças na
população”, diz Kfouri.
Como
existem diferenças entre as formulações para adultos e crianças, o indicado é
consultar o médico de referência e o serviço de vacinação, que deve sempre
respeitar a prescrição médica para a aplicação das vacinas faltantes quando for
o caso.
“Existem
vacinas atualmente indicadas de rotina para as crianças que não estavam
disponíveis no passado, como a imunização contra a varicela (catapora), igual
para crianças e adultos, apenas com diferença no número de doses a serem
aplicadas. No adulto, essa doença é mais grave e muito desagradável, exemplo
que demonstra a necessidade de rever todo o esquema vacinal de um adulto.”
Além das
vacinas exigidas para viagens a certos locais e das recomendadas a gestantes e
trabalhadores de áreas específicas (como profissionais da saúde e manipuladores
de alimentos, entre outros), indivíduos portadores de algumas doenças crônicas
devem receber vacinas especiais, disponibilizadas nos Centros de Referência em
Imunobiológicos Especiais (CRIEs) – pacientes submetidos a transplante de
medula óssea, em geral, precisam refazer todo o calendário vacinal.
Entre as
vacinas licenciadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
algumas ainda não estão incluídas no Programa Nacional de Imunizações e
encontram-se disponíveis apenas na rede privada – é o caso da vacina contra
varicela (catapora), hepatite A, HPV e coqueluche para adultos, por exemplo.
"Adultos
e idosos, além das vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela,
difteria, tétano e influenza, deveriam também receber as vacinas contra
hepatite B, hepatite A, HPV, doença pneumocócica e coqueluche”, recomenda
Kfouri.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário